tag:blogger.com,1999:blog-88762592516219067882024-03-04T20:47:05.124-08:00Carpe DiemAproveite e siga! Critique, mas não se esqueça de olhar para si antes de apontar para os outros. Aconselhe, mas não tape os ouvidos. Ame e não tenha medo do futuro. Seja quem de fato você é e se espelhe apenas no que é bom. Aproveite.Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-8520406685639320852011-06-27T20:40:00.000-07:002011-06-27T20:52:26.708-07:00Nosso histórico<div align="justify"> Naquele dia, ainda me lembro bem, estava muito triste e desanimada para ir a um aniversário, mas fui. Já tinha chegado até ali, então entrei e fui. Fingi sorrir, fingi alegria, fingi "meus sinceros parabéns". Nunca gostei de aniversários. Talvez seja a festa mais sem lógica que o homem já inventou. As pessoas ficam felizes e comemoram sua velhice. "Ah, mas é pra celebrar mais um ano de vida!" - dizem os mais otimistas. E quem celebra mais um ano de vida, celebra também mais um ano rumo a morte, mais um ano acumulando rugas e cabelos brancos. Isso é motivo de festejo?<br /> Sentei ao seu lado, mas sem prestar muita atenção a você. Aliás, sem prestar atenção a nada. Nada era meu foco. Ouvi as conversas, fiquei calada, sorri, me diverti, mas ainda não estava ali. E então, para forçarem a situação, todos foram pouco a pouco se levantando e se retirando da mesa, nos deixando a sós. Mas, afinal, quem era você? De repente, eu estava sentada ao lado de uma pessoa que tinha acabado de conhecer, ou melhor, que sequer conhecia, e praticamente sendo forçada a conversar com ela. Não me lembro como, mas surgiu um assunto daí. Fiquei mais calma quando vi que a conversa entre a gente fluia como água em rio, em um sentido certo, obedecendo as curvas e sem muita pressa. Muita ingênua, não notei que bem aí começamos a combinar demais. Conversas não surgem fáceis assim, muito menos em uma combinação quase que perfeita, como se fosse sincronizada e planejada.<br /> Ainda não conformados, os "chatos" voltaram lá e forçaram mais ainda a barra: começaram a se beijar na nossa frente. E eu, para não ter que te encarar completamente corada, também te beijei. E não soou forçado. Aliás, não foi forçado. E então, daí tudo caminhou para um complexo contexto que uniria nossos futuros e presentes, nos tornando presentes um para o outro.<br /><br /> "Nunca senti por ninguém o que eu sinto por ti", disse eu poucos dias depois de um beijo. Apenas um beijo e algumas poucas horas de conversa. Foi o que foi necessário para eu me apaixonar por você. E eu chorei com essa frase. Como não? Logo vi que você iria correr de mim, fugiria e nunca mais olharia na minha cara, iria me chamar de louca pros amigos, pois nem uma semana tinha se passado e eu já te amava. Como explicar? Como entender? Como, como, como?<br /> Mas você... Foi surpreendente. Muito mais maduro e sensato do que eu, você já sabia que o amor não se sente nem se compreende, e aceitou tudo como natural. Compreendeu o meu lado incompreensível, soube como me acalmar, e tudo seguiu colaborando para o que eu sentia por você apenas aumentar.<br /><br /> E exatamente uma semana depois que nos conhecemos, você me pediu em namoro. Depois me revelou que teve muito medo do que fez, porque temia que eu não aceitasse. Mas não, tudo caminhou apenas para o "sim". Eu sabia que foi tudo muito rápido, muito cedo, muito apressado, muito corrido, muito arriscado... Cheio de muitos negativos. Mas, bem aqui, dentro de mim, eu sabia que o que construiríamos seria concentro e de fortes alicerces. Eu tinha fé nos nossos sentimentos, e ainda tenho. Mas eu acreditei muito neles desde o começo, assim como você, e acho que tudo isso contribuiu para formar as bases fortes e concretas do nosso namoro.<br /><br /> Todo mês, daí então, celebramos com uma carta. Uma por mês. Em cada carta, dizíamos como tinha sido aquele mês para nós, e fomos evoluindo no nosso relacionamento de uma forma única, como um DNA, que se cruza, que se combina de diversas formas diferentes, mas sem virar bagunça, sem deixar de ser original.<br /> Hoje, formamos um conjunto de seis cartas, caminhando rumo as sete, e como um presente inesperado, quis gravar este texto no meu blog. Sei que já escrevi vários pra ti, mas quero que neste fique guardado as memórias principais da gente e, principalmente, o que senti nelas. Como você sabe, eu sou muito melhor escrevendo do que falando, e aqui acho que poderei clarear mais a sua mente sobre o que penso em cada momento nosso.<br /><br /> Tivemos vários momentos de boas conversas, que serviram para solidificar a nossa intimidade e para nos conhecermos melhor. O primeiro foi no show do Pouca Vogal, em que apenas dois Ices fizeram você me falar tudo o que sentia comigo e o quanto eu fazia diferença na sua vida. Foi um dos dias mais felizes que tive contigo, porque você se declarou de verdade pra mim - sem censuras e sem vergonha - dizendo cada palavra do que você achava de mim, me fazendo sentir-me singular e única. E muito bem amada.<br /> Depois, com as tuas vindas pra cá, veio uma coadjuvante no nosso namoro, que apesar de atrapalhar bastante os nossos melhores beijos, serviu para triplicar os nossos risos e a nossa intimidade. A Helena nos une mais a cada vez que ela chega nos separando ou nos convidando para um jogo. Com ela por perto, voltamos a ser crianças, que ainda somos, e nos revitalizamos: esquecemos das nossas angústias, dos nossos problemas e até mesmo do nosso namoro - ele perde a graça perto da hiperatividade dela. E então, nossos risos são os mais verdadeiros possíveis.<br /> Não posso me esquecer da viagem que fizemos juntos. Dos longos momentos em que eu ficava me balançando na rede, apenas conversando sobre assuntos aleatórios e bem longínquos do cotidiano, enquanto você me ouvia e também compartilhava algumas ideias comigo, além das nossas brincadeiras, da nossa conversa com o senhor que vende bolsas, das loucuras da minha família e da gente cantando Mamonas Assassinas no caminho de Jericoacoara. Foi tudo inesquecível. E mais inesquecível ainda foi em me tocar que mesmo você me vendo todo dia me levantando com um juba, toda desarrumada, sem perfume e sem sorriso, você ainda assim continuou me olhando como sempre, como se eu fosse um troféu. E nessas horas eu concluía que estava namorando com um anjo.<br /> Foram seis meses. Cento e oitenta dias. Quatro mil tresentas e vinte horas. Todo esse tempo com você foi o melhor possível. Na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença. E, se você quiser, até que a morte nos separe. Te amo. Para sempre sua, </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color: rgb(204, 51, 204);"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div><div align="justify"><span style="color: rgb(204, 51, 204);"></span> </div><div align="justify"><em><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Este, mais uma vez, vai para o anjo, que atende por nome Victor, o melhor namorado do mundo. Te amo muito, e é mais que tu xD!</span></em></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-23397643727743395672011-06-27T19:29:00.000-07:002011-06-27T19:43:14.786-07:00O laço<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUcY5NR2TZBJ4BeDFG54LrC75SbbSkgUkQsDK4sRYhLYabrwO_CHw_w8XQVrlqEG3J_8rtZvjFXvkW6nGjww_vb9VPABpc68xViHJPwvQF1H8F7d2U9ZOytUzmbCdUQouGvt0QiiDt0m62/s1600/DENHO_%257E1.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 320px; height: 243px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5623095387746052194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUcY5NR2TZBJ4BeDFG54LrC75SbbSkgUkQsDK4sRYhLYabrwO_CHw_w8XQVrlqEG3J_8rtZvjFXvkW6nGjww_vb9VPABpc68xViHJPwvQF1H8F7d2U9ZOytUzmbCdUQouGvt0QiiDt0m62/s320/DENHO_%257E1.JPG" /></a><br /><div><div align="justify"> Para você, entrego o meu laço. Este laço sem cor, apenas branco, que suja fácil, mas que é um laço. O meu laço. Lhe entrego ele. Eu sei que não é um presente de se colecionar, mas acho que você deveria, a partir de agora, aprender tal arte. Os laços são raros... Os verdadeiros laços são raros. Entrego este para você e peço-lhe que cuide bem dele para não deixá-lo romper. Os laços são fáceis, ao mesmo tempo complexos. Eles se enroscam, mas não se enrolam; eles unem suas pontas, mas não as funde; e no final formam algo concreto e firme, mas que basta um puxãozinho e as duas partes se desfazem, cada qual para o seu lado, como se nunca estivessem unidas antes. Os laços não são nós. Eles jamais prendem. Eles unem. Por isso lhe entrego o meu laço. Quero você unido comigo, não preso a mim. Quero apenas que você me ajude a construir e a cuidar desse lado, unindo as nossas partes, nos enroscando, dando uma volta e formando um belo laço. Um laço bem firme, um laço difícil de romper, mas um laço que não precise de nós para manter-se no lugar. E o nosso laço não irá amarrar o cadarço, não irá enfeitar o presente, não irá acompanhar um cartão de festas, não irá servir como fachada. O nosso laço é apenas um laço de namoro. Um laço que nos mostre juntos, unidos e amando um ao outro. O nosso laço.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span> </div><div align="justify"><em><span style="color:#000000;">Em alusão à O laço e o Abraço, de Mário Quintana. (;</span></em></div></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-79125187782543116432011-06-23T11:33:00.000-07:002011-06-23T11:48:38.319-07:00O pior dos "não"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEuip0cOb8JRotK6_yRPPmXadbUAFpSHRLvoQmrzNLjsWHBQUpnCX9DyKj8QpcIv55olrio669XUQfqZeeG4QhBKRWr6qXUKkfoS4HCObgqkbSHqWVZoqHcg5cDYE7PNOR3SaqMlULwbc9/s1600/imagens-do-livro-magoas-de-uma-noiva-abandonada.jpg"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; width: 313px; height: 320px; float: left; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621487952293509666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEuip0cOb8JRotK6_yRPPmXadbUAFpSHRLvoQmrzNLjsWHBQUpnCX9DyKj8QpcIv55olrio669XUQfqZeeG4QhBKRWr6qXUKkfoS4HCObgqkbSHqWVZoqHcg5cDYE7PNOR3SaqMlULwbc9/s320/imagens-do-livro-magoas-de-uma-noiva-abandonada.jpg" /></a><br /><div align="justify"> <span style="color:#000000;">Mais uma vez você não vem. E me disse isso da pior forma possível: do nada. Claro que eu compreendo que existem problemas, que nem tudo depende só da gente. Mas como avisar isso pro meu coração, como avisá-lo? Principalmente depois de você ter me animado, ter me dito que íamos matar a saudade? Como, como ele irá compreender isso?<br /><br /> E hoje não passo disso. Aquele dia chato, entediante e triste. Eu tento rir, tento me distrair, mas no fundo abafo todo o choro que eu gostaria de por pra fora. Queria que você estivesse aqui...<br /><br /> E por apenas um dia é como se eu não existisse. Não é fácil suportar um dia sem lhe ver, mas quando eu sei que não vou lhe ver, é algo aceitável, é algo que o meu cotidiano consegue se amoldar. Mas quando é um anúncio surpresa, quando todas as minhas expectativas do dia se quebram, meu coração se despeça e tenta se remontar no decorrer do dia. Então, eu deixo de existir. Eu olho para tudo, mas vejo o nada. Me torno um vazio, pois você não está aqui.<br /><br /> E por mais que meu consciente saiba de todos os motivos, de todas as razões, meu coração entra de luto e se recusa a dar ouvidos ao mundo. Tudo acabou para ele. E para mim também. Sou puro coração, no final das contas. E como ele é seu, fica difícil sustentá-lo quando você avisa que não vem regá-lo, que não vem olhá-lo nem confortá-lo. Ele se entristece, eu junto com ele, e meu dia passa a ser fútil, inútil. Não existe mais...</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-47093203956562234272011-04-29T12:14:00.000-07:002011-04-29T12:27:06.079-07:00Nostalgia<div align="justify">Olhando bem além do que o que ali estava sendo visto, no fundo algo doía bem profundamente, adentrando o consciente e ultrapassando o subconsciente. Era algo que doía, mas que tinha uma essência úmida e sombria de bom, proveitoso e até saudável. Sentindo o vento no rosto, seus olhos vagueavam para dentro sem desgrudarem do horizonte. Via todas as lembranças que agora gostaria de estar vivendo. Mas no fundo se sabe que tudo vai acontecer melhor.<br /><br />E então, como previsto, um suspiro é abafado. Sem querer. Tudo ali estava tatuado, cravado e enraizado na mente. Tudo pertencia ao pensamento como se já tivesse nascido ali, para sempre. Talvez o significado profundo sobre o que se sente nesses momentos não seja traduzido. Não com palavras. É aquela curva do pensamento, um momento breve e supreendente que lhe encontra na esquina do corredor do seu trabalho, justamente na hora em que você estava fazendo o relatório. Não se tem explicação.<br /><br />É um arrepio frio que vai subindo, subindo, subindo... E, quando você abre os olhos com eles já abertos, se vê justamente aquilo que não está se vendo, aquele momento da partida ou da chegada, porque tudo quando parte traz consigo algo, e ao mesmo tempo que se chega, se parte. E você vai se envolvendo em um momento único que não ocorre naquele momento, mas que é seu, só seu, íntimo seu. E que você quer viver naquele hora.<br /><br />As imagens vão se entrelaçando de tal forma que o trilho da verdade já não é mais perceptível e se jura que tudo está acontecendo de novo. E então você rir para o nada. Pelo menos quem está bem ali no outro escritório pensa ser pro nada. Mas é pra lá que você sorrir. E seu sorriso é tão lindo e puro, seus olhos sorriem com uma estrelha no canto que brilha e que mostra todo o desenho que seu olho vê, mas que ninguém mais enxerga.<br /><br />Chegam novos e-mails. Novos trabalhos. Novos afazeres. E toda a magia se quebra, o escritório fica tão próximo que parece estranho e inabitável, e tudo fica tão estranhamente estranho que não se entende o que se aconteceu. Tudo voltou ao normal. E é tão chato voltar ao normal...</div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-54816058175544340072010-12-27T16:41:00.000-08:002010-12-27T16:45:46.790-08:00Você...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNr1vi8lZH2jSzlOn0-58cmvpC3cI5gvwllYWIZbA2Rpas5TyO38qvB47IkhqTbUYU8Py_SiyLtFgCQb63CraeuihUKRzYlssiHuHTy8K8WmlmyWl-WiQj5NDAGGNdHkD-VHspjy6OjRGL/s1600/eueele.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 278px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555527398091188290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNr1vi8lZH2jSzlOn0-58cmvpC3cI5gvwllYWIZbA2Rpas5TyO38qvB47IkhqTbUYU8Py_SiyLtFgCQb63CraeuihUKRzYlssiHuHTy8K8WmlmyWl-WiQj5NDAGGNdHkD-VHspjy6OjRGL/s320/eueele.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">Ainda não entendeu tudo que se passa na minha mente. Ainda não entendeu a gravidade de cada momento só nosso. Ainda não aprendeu o quanto eu gravo e cravo na alma cada detalhe seu. Ainda não percebeu a dimensão do que eu sinto. Ainda não me conheceu o suficiente para ter medo de mim. Ainda não me entende. Ainda não percebeu o que quero dizer com o meu olhar. Ainda não sabe os significados de cada sorriso meu. Ainda não percebeu o quanto eu sou inocente. Ainda não viu meu lado mulher.<br /><br />Mas eu tenho uma noção mínima do que você está pensando. Eu sei o quanto é bom - e perigoso - está sozinha contigo por um simples segundo. Eu guardo de você tudo que você tem de melhor e pior. Eu sei, tenho plena noção disso, que o que eu sinto simplesmente não tem dimensão. Eu já te conheci sim, o suficiente pra confiar para todo o sempre em você. Eu te entendo. Eu entendo cada olhar seu. E cada sorriso também. E sei também que você não é nem um pouco inocente. E também já conheci um pouco do que você tem de homem.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#993399;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000000;"><em>Para ele. </em><strong><span style="color:#cc66cc;">(</span></strong>;</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-32885843058137912262010-12-27T16:11:00.000-08:002010-12-27T16:24:46.187-08:00Papai Noel não existe<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDKfFZ0PePhHFCrhGXwuQA0ePyR7J7QoKSjxir9u8joPaVcp5U70GwDQ96FROdMD3mZX_BpL3yeuO9_tcRxj7aJtFex3Sj5kbaVpnEMezsW7e0Wc6ljRhh23PstkAuMRyDZ0ROcyIPxpHK/s1600/menina_chorando.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 164px; FLOAT: left; HEIGHT: 183px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555522195217537858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDKfFZ0PePhHFCrhGXwuQA0ePyR7J7QoKSjxir9u8joPaVcp5U70GwDQ96FROdMD3mZX_BpL3yeuO9_tcRxj7aJtFex3Sj5kbaVpnEMezsW7e0Wc6ljRhh23PstkAuMRyDZ0ROcyIPxpHK/s320/menina_chorando.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#000000;">Ela chorava, chorava e chorava mais um pouco. Seus soluços eram baixos, mas por dentro algo gritava, um grito alto e ao mesmo tempo abafado, um grito que apenas a sua alma ouvia e que representava toda a dor que ela sentia. Ela descobriu tudo. Então, tudo era uma farsa... Uma mentira de anos e mais anos... Uma mentira que quebrou sua inocência, uma mentira que lhe partiu no meio diversos sonhos, que quebrou a sua magia de Natal.<br /><br />Durante todos aqueles maravilhosos dias de Natal, era esperou para descobrir como ele era. A figura do bom velhinho. Ela planejava toda vez ficar acordada até o amanhecer e descobrir como ele era, qual era o seu jeito e o que ele faria quando a visse. Porém, esse dia nunca chegou.<br /><br />Ali, trancada no seu quarto, encolhida dentro do seu guarda-roupa, ela chorava cada lágrima de dor que o impacto da verdade lhe causara. Alguns anos mais tarde, ela refletiria sobre esse dia, iria rir da sua inocência de tanto ter chorado, mas iria concluir o quanto a realidade dói muito em uma criança, e o quanto a realidade é fácil de aceitar para o adulto. Aquele foi seu primeiro pequeno grande passo para a sua mente adulta, mas isso só mais tarde ela iria entender.<br /><br />Agora ela sofria muito com a verdade. Seu plano foi um triunfo, mas também um fracasso. Seus pais batiam na porta, lhe chamavam... Mas ela ignorava. Agora doía demais, tudo doía demais... A verdade é horrível. É cruel. É escura. É um labirinto que nos prende e do qual nunca mais saímos... É um labirinto que nos mata por dentro e cria essa imagem inútil de gente adulta, de grandeza, de sabedoria, quando os sábios mesmo são as crianças.<br /><br />A verdade doía. Mas depois que é descoberta, não há mais mentira no mundo que consiga tapar o buraco que ela cria. Ela encostou sua cabeça na porta do guarda roupa, ainda com as lágrimas afogando o seu rosto, e repetiu para si mesma, para se convencer de tudo:<br /><br />- Ele não existe. Papai Noel não existe...</span></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-85633239502149313412010-12-05T14:13:00.000-08:002010-12-13T17:41:44.336-08:00Você voltou<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrbl3RhMmcASbv5hnfmc5BZRJIlme5uKSM7-W8-f-tq6kK7qP5qHZK7SAnYbXuQJkEZ9cbngRx8wiYl7XW6Rqav3IWz6XL3K3RKUws7ucob-4NX-292CGHsmv1TCg9gqo35bjnyytgnZF-/s1600/apaixonada_f.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 211px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547331945867653906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrbl3RhMmcASbv5hnfmc5BZRJIlme5uKSM7-W8-f-tq6kK7qP5qHZK7SAnYbXuQJkEZ9cbngRx8wiYl7XW6Rqav3IWz6XL3K3RKUws7ucob-4NX-292CGHsmv1TCg9gqo35bjnyytgnZF-/s320/apaixonada_f.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">E então, finalmente resolveu fazer as pazes comigos. Resolveu tirar todas as minhas desilusões, mas não todos os meus medos. Não importa, pois mesmo assim, você me devolveu a confiança que eu estava precisando, você me fez reencontrar aquilo que há tempos eu procurava, mas não estava encontrando.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">Você voltou. O amor retornou para o meu vazio e preencheu todo o vácuo que havia lá. O rancor, eu já não conheço mais. A tristeza deu espaço para a alegria. Eu fico rindo à toa de lembranças das mais diversas, e sei que não é tão à toa assim que eu estou sorrindo. Porque, no fundo, todo o sentido se volta para lhe abrigar novamente, amor. Tudo gira em torno da sua volta, em torno do seu retorno para o meu coração.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">E apesar de pensar as mais diversas besteiras, eu sei que você voltou e vai se instalar aqui por um bom tempo. Eu vou lhe abrigar bem desta vez, não vou mais deixar você fugir de mim como antes. Agora eu estou mais confiante.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">E então, amor, eu deixo que você me tome. Deixo que você me envolva, que me faça me sentir patética novamente, que faça com que meu coração acelere cada vez mais, que eu me perca em cada abraço, em cada olhar, em cada beijo, em cada sorriso, em cada brincadeira, em cada sensação, que apesar de conhecida, sempre será nova como a primeira vez.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;">Pode voltar, amor. Eu deixo você se instalar aqui, em mim.</span></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-34864789236841937342010-12-03T11:16:00.000-08:002010-12-05T14:12:31.199-08:00Intrigas<div align="justify"><span style="color:#660000;">- Você soube do que ele disse sobre você?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, mulher, me conta, quero saber!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ele disse que te achava uma metida infantil, disse que tu jamais seria mulher pra ele...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- O QUÊ?!!! Rá, rá... Ele é que nunca vai ser homem pra mim, ok, amiga?!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Amor, como você tá?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Nem vem com essa hoje, queridinho, que eu já soube que você espalhou pra Deus e o mundo que eu era metida e infantil, e que jamais seria mulher pra você.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Foi que ela quem falou, não foi? Eu já te disse pra tu não dar bola pra essa menina, que ela é louca! Qual foi o dia em que você decidiu chamar ela de amiga, hein? Com certeza, cê tava surtando...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ela também me disse que você acha que eu nunca serei mulher pra você...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, amor, deixa de besteira. Eu te amo, minha linda, você é mulher demais da conta pra mim!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Beijos e abraços.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E aí, benzinho? Quando vamos nos encontrar?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Acabei de deixar ela em casa... Por que diabos tu disse o que eu te falei pra ela, hein? Tá louca? Quer que ela descubra tudo entre a gente, é?!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, amor, eu quero é que ela saia do meu caminho, você é meu!!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Tô chegando aí.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">Desliga celular.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Maninha, eu tenho certeza que ele tá saindo com ela. Certeza!!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Cala a boca, sua idiota! Ele gosta de mim, lógico que ele gosta de mim...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Olha amiga, eu acho que a sua irmã tava certa no final das contas... Ele realmente tava te traindo.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E eu fui tão cega e burra por não ter acreditado em todas vocês... Me desculpem.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Relaxa, amiga, fica calma que já já aparece alguém que realmente te merece.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Eu larguei ele.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Aff, né? Depois de ter feito nossa amiga sofrer o que sofreu quando descobriu tudo, tu larga ele? Depois de ter conseguido tudo o que tu queria?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ele me traiu.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, desculpa aí, mas bem pregado pra você, né? O boomerangue uma hora sempre volta.,.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Com um amigo gay nosso.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Meus pêsames, amiga.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, colega, mas que roupa mais down é essa? Parece que tá indo pra um velório! Vamos já trocar esse funeral aí por algo mais up, eu hein...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, amigo, eu to meio pra baixo mesmo... Nem um pouco afim de me arrumar...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Mas justo hoje? Que o bofe vai tá lá? Ne-ga-ti-vo, amiga! Você tem que ir, sim! Linda, gata e gostosíssima, do jeito que eu sempre vi!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E cadê mesmo o teu bofe, hein amigo?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ah, mulher, ele não passa de águas passadas...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- O que aconteceu, amore?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Ele me chifrou, colega. É isso aí. Com um bofe podre de feio, ridídulo! Mas enfim, fazer o quê né? Quem tem mal gosto que se vire com o azedo!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Nossa, que ironia, eu também fui traída há pouco tempo...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Aí é que vem o mundo pequeno, amiga! Ele tá com o teu ex, colega!</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Nossa, ele realmente tem mal gosto...</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Olha, amiga, eu nunca deixaria você ficar com aquilo ali, NE-VER! Próxima vez, pede minha opinião, tá? Vê se não faz besteirinha de novo, ok?</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Tá certo, amigo. Obrigada por ter ajeitado o meu visu.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;">- De nada, amiga. Cê tava precisando, viu?!</span></div><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-5974301273739432682010-11-29T12:29:00.000-08:002010-12-02T15:06:18.952-08:00Infinito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihmYNmB-foKzMKcNqChKV2vJxEzPbb0dZOyFNMtRL8fokKES1FfXZxW9ebSiWVB6VUX6Q5mJrFJ6zXv8L9E7Q8yGnYYkVGTzV5B969-C5HtBEbN8pAsaig2x53FsNPaOsrqM7c2dFs0Po2/s1600/imagesCAXBJZTO.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 193px; FLOAT: left; HEIGHT: 156px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546224911338199394" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihmYNmB-foKzMKcNqChKV2vJxEzPbb0dZOyFNMtRL8fokKES1FfXZxW9ebSiWVB6VUX6Q5mJrFJ6zXv8L9E7Q8yGnYYkVGTzV5B969-C5HtBEbN8pAsaig2x53FsNPaOsrqM7c2dFs0Po2/s320/imagesCAXBJZTO.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Tudo começou com uma simples sala de aula que - apesar de simples - era seu ambiente de convívio durante mais da metade do seu dia. Ela estava no fundamental ainda, 2º ou 3º ano. A professora, assim como os alunos, cansada de tarefas, resolveu passar, naqueles últimos dias de aula, um simples desenho. O tema era livre. E ela tinha lápis à vontade para pintar toda uma folha. E um tempo enorme para fazer aquilo... Iria ser um desenho longo, cheio de cores e vibrações.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Porém ela lembrou do colar da irmã. Aquele colar que ela achou no lixo. O colar da moda. Afinal de contas, quem ainda não tinha um colar com o símbolo do infinito? Todas as meninas tinham um para enfeitar o pescoço. Mas a irmã recusara aquele, ou melhor, usou-o por pouco tempo, pois quem havia lhe dado era o seu namorado, o qual ela tinha se separado justamente no dia daquele momento de arte do colégio. Ela tinha visto a irmã chorando antes de sair de casa, e viu também a irmã indo pro colégio enxugando cada lágrima, cada mágoa... Até que por fim, atirou o colar na primeira lixeira da escola.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Aquele colar tinha o símbolo do infinito. Sua mãe lhe explicara que o infinito era algo que não tinha fim, não tinha tamanho, não tinha dimensão. "E o que é infinito, mãe?", perguntou ela, quando sua mãe lhe disse que infinito era o amor que tinha por sua família, que infinito era o Universo. E então a menina agora sabia o que era infinito.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">E ali, no papel branco, desenhou um fundo azul estrelado, com três caixas no meio, todas enlaçadas por um laço lindo e enorme, que deixava as três caixas juntas e inseparáveis, uma laço vermelho e forte. Acabou seu desenho antes que os outros alunos, pois não usou muitas cores. Usou apenas três cores, uma para cada caixa: azul, rosa e verde. E então, finalizando o seu quadro artístico, simplesmente parou e foi pegar uma revistinha em quadrinhos para ler.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Depois de algum tempo, quando a professora resolveu passar por cada aluno para ver como estava o andamento das obras de artes, parou em uma menininha ruiva, de cabelo cacheado, muito branquinha e dos olhos verdes, com as bochechas bem vermelhinhas, simplesmente lendo um gibi. E então seguiu-se um diálogo inesquecível e lindo, que ficará para sempre na memória daquela professora.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Já terminou, minha linda?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Ela respondeu sem desgrudar os olhos da revistinha: - Sim.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E eu posso ver o seu desenho?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Pode, ele está aqui - E então ela entregou o papel do desenho, ainda focada no gibi.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">A professora, depois de muito analisar o desenho, perguntou: </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E para quem são esses lindos presentes?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Para todos nós - respondeu a menina, agora olhando para a professora.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E eles couberam apenas nessas caixinhas?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Na verdade, eles cabem dentro de cada um de nós...</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Como assim?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Esses presentes são a esperança, que é a caixa verde, a paz, que é a caixa azul e a bondade, que é a caixa rosa. Todos eles têm que ser enlaçados com o amor, que é o laço vermelho, para terem a dimensão do infinito, que é o Universo, onde as três caixas foram colocadas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- De onde você tirou toda essa ideia? - Perguntou a professora, intrigada com o que a menina tão nova lhe disse.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Minha mãe me disse o que era o infinito. E aí eu fiz esse desenho. Esse laço vermelho, que representa o amor, tem a mesma forma do símbolo do infinito.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- E por que você desenhou isso?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">- Porque eu quero mostrar esse desenho para a minha irmã. Explicar para ela que seu namorado não teve um amor infinito por ela. E que, por isso, ele deixou apenas a tristeza, a maldade e a raiva no coração dela. Mas ela ainda vai achar alguém que saiba amá-la infinitamente, alguém que plante nela a paz, a bondade e a esperança, para que assim ela ache o seu Universo.</span></div><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-50110117027056969052010-10-23T22:00:00.001-07:002010-10-23T22:04:07.752-07:00Unhas por fazer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC65FLwNGLgqtKu0PmL8952eh01d9adHlvPKlYSyILJRHpFXiI-6YqkKTmOI5QSdwWO9SzgxhlHD5m3X7Tw7a7iqK7_wpuTDVz168b3qpGAEFZHC0gvlouwPr2dx7ReK76frTd0atxcF-T/s1600/unhas.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 234px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531473794549103842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC65FLwNGLgqtKu0PmL8952eh01d9adHlvPKlYSyILJRHpFXiI-6YqkKTmOI5QSdwWO9SzgxhlHD5m3X7Tw7a7iqK7_wpuTDVz168b3qpGAEFZHC0gvlouwPr2dx7ReK76frTd0atxcF-T/s320/unhas.bmp" /></a><br /><div align="justify">Moça, que unhas são essas? Essas unhas que ainda não foram feitas, essas unhas por fazer... Com o esmalte "comido" e quebrado, trinchado como este seu lindo que rosto que agora parece chorar. Mas moça, por que choras? Por que não vais ao salão fazer tuas belas unhas, que estão grandes e bonitas, que definem esta tua mão tão feminina? Por que mesmo, moça?<br /><br />Moça, não negues, você está abatida. Essas suas unhas atrasadas não negam que esta cor é antiga. Sua não preocupação com elas é preocupante. Você ignora seu orgulho e sua beleza, moça, para ficar abatida nessa cama, pensando nos problemas da vida. Mas moça, vamos ao salão. Vamos fazer estas belas unhas, pintá-las com a cor da volúpia, te iluminar e realçar esse teu tom claro de pele, com cores fortes e penetrantes.<br /><br />Moça, pinta estas tuas unhas com aquele vermelho que tu tanto gostas. Com aquele vermelho bem forte e contrastante. Aquele vermelho que reveste teu pobre coração, que agora é quebrado como este esmalte velho que luta para permanecer nas tuas unhas. Vamos moça, levanta-te. Não se deixe abater com a vida. Só sobrevive quem aguenta a pancada mais forte. Reluz a tua beleza, moça. Vamos ao salão fazer as unhas.<br /><br />Te levanta moça, ergue-te e vamos.</div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-48881411037482642352010-10-23T21:24:00.000-07:002010-10-23T21:40:21.407-07:00Olhar da intimidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VRG-XfzSFHR2OwaUyu-xGjO_sHjcYwQ_LNKxJ8fYlw08E15Z73ypqQVMZe5-o6otW_h3xwFNfH9l4nUUxzwphUWCnfA2gKP1kyKndCZSAVU-XPqnITd5N-hTT8-YY5VDCrWf-EABa21b/s1600/foto+do+blog.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 188px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531467598297130066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VRG-XfzSFHR2OwaUyu-xGjO_sHjcYwQ_LNKxJ8fYlw08E15Z73ypqQVMZe5-o6otW_h3xwFNfH9l4nUUxzwphUWCnfA2gKP1kyKndCZSAVU-XPqnITd5N-hTT8-YY5VDCrWf-EABa21b/s320/foto+do+blog.jpg" /></a><br /><div align="justify">Desde pequena, enxergava algo errado nos olhos das pessoas. Percebia que ia muito de acordo com a simpatia do olhar. Dependendo do olhar das pessoas, eu aceitava ou não a presença e a fala delas. O olhar era algo sagrado para mim. Algo que tinha um significado muito além do que o que eu poderia imaginar, ainda criança, ao mesmo tempo que é algo muito fácil de entender agora, já um pouco mais madura.<br /><br />Gostava dos olhos da minha mãe. Além de serem bem sinceros, eram olhos sofridos, olhos de alguém que já havia passado por muita coisa da sua longa trajetória da vida, coisas que eu futuramente iria saber detalhadamente, mas coisas que me foram ocultas na infância por me acharem ainda inocente demais. Porém, ninguém sabe, mas hoje eu sei o quanto não fui inocente e o quanto tive pouco de criança.<br /><br />Gostava dos olhos do meu pai. Eles sempre demonstraram seu estado de espírito, eram como uma porta aberta para saber como estava o seu humor e a sua cabeça. Sempre foram. Eles me passavam uma sensação de superproteção da qual eu acreditava que nada no mundo seria capaz de me atingir física ou psicologicamente, e mais tarde, durante o seu mestrado, descobriria o quanto passaria horas inúteis tentando dividir meus acontencimentos diários e depois de muita fala, descobriria olhos vazios vagando por um passado histórico que não muito me interessa, nunca me interessou muito.<br /><br />Mais futuramente, já entrando em um período de reviravoltas na minha vida, descobriria o olhar da minha irmã. Este sim, era o olhar da inocência. É o olhar que me dá alegria, que inúmeras vezes me fez sorrir simplesmente pelo prazer de fitá-lo bem seriamente e descobrir um sorriso no seu rosto infantil. Ela sim, teve e tem toda a criancice que eu jamais tive, e talvez seja por isso que eu me complete tanto quando estou com ela. Talvez seja por isso que minha vida vira um desencaixe sem o seu olhar.<br /><br />Hoje, depois de tantas interpretações de olhares ao longo da minha vida, não me consigo imaginar sem observar olhares. Sem encaixar meus olhos nos olhos brilhantes e realistas da minha avó, sem descobrir o olhar protetor do meu primo, sem o olhar alegre das minhas amigas, sem o olhar preocupado delas quando me veem triste... Os olhares compõem minha vida.<br /><br />Porém, o olhar que mais me agrada é o olhar da intimidade. É aquele olhar que eu descubro quando chego triste no colégio e ninguém precisa perguntar o que tenho, pois todos já sabem que eu estou triste, e que não importa o motivo, eles estarão lá para me ajudar. É aquele olhar quando você quer tratar de um assunto particular e aquela pessoa lhe chama pro canto. É aquele olhar de subentendidos após um beijo ou um abraço, aquele que se é fitado por apenas uma fração de segundo, e se fica guardado na memória como horas e até dias. É aquele olhar de duplo sentido, aquele que precede um beijo de amor fervoroso, um beijo que mexe com o mais profundo de um ser que realmente sente. O olhar da intimidade é o olhar que todos guardamos para nos revelar para aqueles que realmente amamos. Por isso, ele é o sinal de um grande amor ou de uma grande amizade.</div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-70547035663134788392010-10-12T17:11:00.000-07:002010-10-12T17:39:39.112-07:00Canto para o meu amor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1yPjqadbwQGzGC1DkFqpNqVVNeyHiFZBrubRbQnGsEZfVDE6uD17vxncYaaEbyOEx_o9OO60szTC4MktRteok904MejhyR9YdJEQHRa-X-Qj0T8o5DcZrtNn3ekZYAsROPi_x1m5ngYdW/s1600/4118740358_ecb9d89fcf.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527323565168551442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1yPjqadbwQGzGC1DkFqpNqVVNeyHiFZBrubRbQnGsEZfVDE6uD17vxncYaaEbyOEx_o9OO60szTC4MktRteok904MejhyR9YdJEQHRa-X-Qj0T8o5DcZrtNn3ekZYAsROPi_x1m5ngYdW/s320/4118740358_ecb9d89fcf.jpg" /></a><br /><div>Oh gosto armagurante que não sai do meu peito,</div><br /><div>oh ausência de vida que me corrói...</div><br /><div>Por favor, saia deste meu profundo leito</div><br /><div>E retire esta dor que tanto me destrói.</div><br /><div></div><br /><div>Oh! Volte a ter o efeito,</div><br /><div>por favor amor, oh amor herói,</div><br /><div>retorne ao meu mundo perfeito</div><br /><div>retorne e retire isso que me dói.</div><br /><div></div><br /><div>Esqueça as minhas loucuras</div><br /><div>ditas e profeciadas.</div><br /><div>Por favor, amor, me finja ternuras...</div><br /><div></div><br /><div>Esqueça das nossas brigas,</div><br /><div>as minhas tragédias, das minhas manias,</div><br /><div>e volte, amor, a fazer parte das minhas alegrias.</div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-89201999334257992812010-10-09T16:46:00.000-07:002010-10-09T17:06:44.323-07:00Ouro de tolo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJlH_rLBZfRVqBobOMYiRRwf05eeR3YdCI4NdmpTi3Z9X7wbVVnU0ypCV2pQaH65az3m-g2vw_M7jT2pFasA223XikCVEYGWsyScUs58GPephc_2Ca-gGMQT31jxKl6O9XvhLF3hCPho_/s1600/mulher-estresse.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 227px; FLOAT: right; HEIGHT: 297px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526201298754457842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpJlH_rLBZfRVqBobOMYiRRwf05eeR3YdCI4NdmpTi3Z9X7wbVVnU0ypCV2pQaH65az3m-g2vw_M7jT2pFasA223XikCVEYGWsyScUs58GPephc_2Ca-gGMQT31jxKl6O9XvhLF3hCPho_/s320/mulher-estresse.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Todos os dias eu acordo cedo e vou para o mundo das obrigações. Todos os dias eu ocupo os meus dias de preocupações, de responsabilidades e de conhecimentos. Todo dia eu leio sobre mil assuntos, entendo de política, filosofia, religião e matemática. Anoto detalhes de aulas e presto atenção no mundo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Todos os dias eu faço a mesma coisa. E essa mesma coisa não preenche o meu ser que realmente vive, que ainda se diz vivo, mesmo que morto pelo cotidiano, dentro de mim. Aquele ser que sabe que a realidade é algo decadente, que a verdade dói muito mais que a mentira e que a ingenuidade é uma mentira vivida na infância na qual futuramente saberemos que jamais deveríamos sair. </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Todos os dias eu tomo conhecimento de coisas absurdas, de coisas que não mudam em nada minha vida, de coisas que jamais usarei ou ensinarei aos meus filhos. Aprendo noções mirabolantes, que muitas vezes não entendo, estudo uma jorrada de conteúdos que nunca entendo a ordem nem o motivo, mas finjo que gosto e que quero prestar atenção.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Todos os dias me vejo trancada em uma sala cheia de gente que jamais saberá o que eu estou pensando e que jamais saberá da minha vontade de criar asas e voar para longe de tudo aquilo que me cerca. Porque enquanto estou ali trancada aprendendo uma série de coisas inúteis, poderia estar lá fora vivendo de viagens e vendo as paisagens do mundo, escutando os mais velhos contarem histórias da sua infância, escutando o barulho do vento no mar, sujando meus pés de areia, tirando fotos do azul do céu, prendendo flores nos meus cabelos, sorrindo sozinha para o sol, dançando no ritmo da brisa da noite...</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;">Todos os dias tenho o desejo de me desacorrentar, de sair desse sufoco que me cerca. Mas continuo seguindo o cotidiano inútil de conhecimentos capitalistas, fingindo que estou aprendendo, fingindo que estou gostando. Enquanto isso, lá fora, o vento me chama para brincar na beira do mar, com flores nos cabelos, com um céu azul e um sol radiante.</span></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-13460181254002768252010-10-09T16:02:00.000-07:002010-10-11T17:36:44.508-07:00Taça de vinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZkycG4VIMhTOfujwhTUOZsE3OWoMAPgYqk-OYmDhEg4MSqtwEPR1R3KbrCZ_CRKF6Ib-4W7LUcbn5AMIStxV9ukYkT0-397g7410VkI4WhyphenhyphencBXp54i66u7LVfGCeffocY-yc53Z9exavf/s1600/mulher_bebendo_vinho.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 203px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526194031517736498" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZkycG4VIMhTOfujwhTUOZsE3OWoMAPgYqk-OYmDhEg4MSqtwEPR1R3KbrCZ_CRKF6Ib-4W7LUcbn5AMIStxV9ukYkT0-397g7410VkI4WhyphenhyphencBXp54i66u7LVfGCeffocY-yc53Z9exavf/s320/mulher_bebendo_vinho.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">Perto do armário da cozinha há um balcão. Nele está uma taça. Aquela taça em que ontem eu bebi o vinho. Hoje todo o vinho que bebi se resume a uma dor de cabeça que me prende à cama, que me impede de me levantar e seguir o dia normalmente. Mas aquela taça não apagou nenhuma mágoa que você deixou em mim.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">Eu ontem estava com a garrafa na mão. Sentada num canto do meu quarto, bebendo a taça de vinho, escutando boleros e pensando em você. Pensando em nós. E ainda não me conformei com o que aconteceu, ainda não entendi o que aconteceu. Mas agora, no pleno racional, finjo que entendo. Finjo que esqueci você.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">Mas enquanto tomava o vinho, enquanto bebia aquele vinho, olhava para a cama e me lembrava dos nossos momentos. Me lembrava de como você sabia me deixar sem ar e me agradar. Por um momento cheguei a sorrir. Ao menos lembranças boas você soube deixar. Mas então, me recordei de toda a sua traição, e aos invés de risos, saíram lágrimas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">Já no final da garrafa, estava acompanhando o bolero sozinha. Não tinha mais nenhum par. Dancei por uma longe noite sozinha, usando a camisola de seda que você me deu, bebendo na taça de vinho que agora está ao lado da estante da cozinha, em cima do balcão e vazia. O vinho antes preenchera aquela taça, bem como o meu coração.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">O vinho, por uma noite, foi o meu sangue, o meu suor e minhas lágrimas. Foi o meu amigo do peito que me consolou no leito de uma cama. Foi quem cantou uma canção de ninar para eu dormir, quem me fez companhia, agora que você não está aqui e quem ficou ao meu lado no bolero, dançando passos falsos, rindo e chorando junto comigo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">O vinho que agora realmente percorre o meu sangue foi meu companheiro, meu camarada, meu consolo, meu amor, o meu tudo-e-nada. E agora, toda essa nova amizade que se tinha feito se resume a uma taça vazia, ao lado da estante da cozinha, no balcão. O vinho também me abandonou. Você me abandonou.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#990000;">Me levanto então da cama, com o mundo ao meu redor que gira, olho minha imagem decadente no espelho e vou ao armário da cozinha, pego outra garrafa de vinho, apanho a taça, ligo o som no bolero, e repito as mesmas cenas da noite anterior. Porque o vinho eu posso comprar, você não. O vinho, enquanto o dinheiro durar, vai me acompanhar, mas você não. O vinho vai preencher meu espaço vazio, vai dar razão aos meus sentimentos e ao meu coração insano, coisas que durante anos você não conseguiu fazer. E o vinho pode fingir me amar, coisa que você nunca teve competência para fazer.</span></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-70947701557715104222010-10-08T17:47:00.000-07:002010-10-09T16:02:39.509-07:00Minhas lágrimas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQI-nxGlGYts4CfDhweRFdKlVJfKeuc5_YsGJkmaKTX9dzWiV1bw1yT5WBg1Fy5N-82JqpkbyXBRsK-SXFhx6RpVJDL4eEscnyeUegIjKosgh1A9WHcaSfAT2G-rb9_-67KXjIJ8MpVgYb/s1600/mulher_deitada.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525850564397624754" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQI-nxGlGYts4CfDhweRFdKlVJfKeuc5_YsGJkmaKTX9dzWiV1bw1yT5WBg1Fy5N-82JqpkbyXBRsK-SXFhx6RpVJDL4eEscnyeUegIjKosgh1A9WHcaSfAT2G-rb9_-67KXjIJ8MpVgYb/s320/mulher_deitada.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;">E eu já não sei mais o que fazer com essas lágrimas que me escorrem. Essas lágrimas que saem de mim querendo levar junto com elas a minha tristeza, mas a tristeza... Ela não sai tão fácil assim. Enquanto as lágrimas jorram, a tristeza penetra no local mais profundo da minha consciência e lá se armazena, procurando a calma de espírito bater, o rio de lágrimas parar de correr e finalmente, finalmente, algum sentimento racional se manisfestar e perguntar o por quê de tudo aquilo. Por quê há mágoa, por quê a mágoa, por quê o sentimento de culpa se eu não fiz nada? </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;">As lágrimas não mais escorrem. Mas parecem que ainda percorrem as minhas veias, os meus nervos, os meus desejos e o meu cérebro. Porque eu simplesmente não sei o que pensar. Não há nada para dizer nem para falar. Agora o silêncio se apossa do meu ser e tudo se resume a essas palavras. Essas palavras que não são ditas nem pronunciadas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;">E nesse momento meu pensamento parece que se resume ao nada. E por um instante minúsculo, pouco e pequeno eu sinto felizmente que viver sem pensar seria a solução de muita coisa no meu mundinho. Mas caio na real: se eu estou refletindo que viver sem pensar seria é bom, é porque estou pensando. E o sopro vital retorna. E tudo retorna.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;">Então eu me concentro em pensar na música "Tente outra vez" do Raul Seixas. Encontro algo que me estimule temporariamente. E vou finginfo que estou contente e feliz novamente. E de tanto fingir eu realmente fico. Caio nos risos dos meus amigos e volto ao normal. Ao que é supostamente normal: o cotidiano.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#333333;">Mas me abato de novo quando penso que vivo em círculos capitalistas que vão e vem e me obrigam a seguir essa rotina entediante, que me obrigam a ser aprisionada a diversas responsabilidades e deveres a cumprir, que me obrigam a ser humana, limitada, pensante, errante e, no meu ver, idiota.</span></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-72800222431328318392010-10-03T15:37:00.000-07:002010-10-03T15:38:55.974-07:00Planos de Papel<span style="color:#330033;">Deus,<br />eu passo os sete dias úteis<br />traçando nove dias fúteis<br />fazendo planos de papel<br />em quartos cinzas de aluguel<br />e eu vou dormir...<br />Entre as paredes do hotel do sossego, meu amor<br /><br />Sim, no contracanto do meu leito<br />guardo um punhal cravado ao peito<br />tingindo a cama e o lençol<br />por uma fresta me invade o sol<br />e vou deitar...<br />Entre as palmeiras desenhadas nos jornais, meu amor<br /><br />Ah, mas que você espera de mim?<br />Que o consumado eu vá repetir, não...<br />Sim o que me importa nesse instante<br />é esse não importar constante<br />é esse sorriso que eu guardei<br />nessa gaveta a qual fechei<br />pra eu dormir...<br />Com a cabeça no lugar que eu deixei, meu amor... </span><br /><span style="color:#330033;"></span><br /><strong><span style="color:#330033;">Raul Seixas</span></strong>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-76690565107865307502010-09-27T18:01:00.000-07:002010-10-02T16:46:15.648-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGrewO3dvZFBAkWXAyfziOz97uVLqJSBtHMfqh0J3gsyOUEj_X2CNXf3zxBbrbn94rUGgbcKehkQergKuu-YqtMwx25kJY1-EgiXXyZDPW0K4W577eQJh_hc1YkaYtpzSC74Hn0gB8ruLU/s1600/mulher_correndo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 198px; DISPLAY: block; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521770431863456002" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGrewO3dvZFBAkWXAyfziOz97uVLqJSBtHMfqh0J3gsyOUEj_X2CNXf3zxBbrbn94rUGgbcKehkQergKuu-YqtMwx25kJY1-EgiXXyZDPW0K4W577eQJh_hc1YkaYtpzSC74Hn0gB8ruLU/s320/mulher_correndo.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Teresina, 27 de setembro de 2010.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Mestre,</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Hoje lhe escrevo esta carta de despedidas. Quero abandonar esta estação onde aprendi as minhas maiores lições, porque chegou a hora da minha partida. E Mestre, por favor, não tente me impedir, simplesmente me liberte como aquela borboleta que agora sai do seu casulo e abre as asas rumo à liberdade, rumo ao ciclo da vida, rumo ao vento. Por favor Mestre, me liberte.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Ainda me lembro dos nossos momentos, Mestre, me lembro de todo apoio que você me deu. Me lembro de toda atenção, de todo carinho e de todo cuidado para ensinar cada lição para mim, para fazer de cada palavra uma oração, um veredito, uma verdade universal que eu sempre tive que apenas aceitar, jamais contrariar ou opinar.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Mas Mestre, lamento ter criado opiniões. Lamento ter descobrido seus segredos e seus desejos, bem como seus defeitos. Eu tive que descobrí-los. Descobri que nem todas as suas verdades eram tão reais, tampouco as suas lições. Seus ensinamentos irei sempre levar, mas também guardarei no peito o seu ato de traição, para que fique bem marcado o quanto passei toda uma vida sendo enganada.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Mestre, minha razão sobressaiu à minha emoção, e agora, agora é muito tarde para reverter minhas ideias e voltar atrás. O passado é regado de boas lembranças, mas o presente me dói agora, ao descobrir que você mentiu pra mim. Você, Mestre, você tem defeitos. E o MEU MESTRE, pra mim, era perfeito. Você quebrou a linda taça do nosso amor, você a despedaçou, e agora mestre, cada caco dessa taça perfura cada lembrança sua que carrego na alma, e dói muito, Mestre.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Não sei quem vai retirar os cacos. Não sei em que ser irei me inspirar agora. Mas Mestre, você... Você me traiu. Agradeço ao seu serviço, agradeço à sua atenção, agradeço aos seus ensinamentos, mas agora eu vou partir. E vou seguir a minha vida sozinha. Talvez tenha algum discípulo e carregue responsabilidade semelhante à sua, de ser mestre. Mas Mestre, jamais mentirei para um discípulo meu.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Não se esqueça porém, meu Mestre, que para todo o sempre você será meu Mestre. Para todo o sempre serei sua discípula. E para todo o sempre, cada palavra de mágoa e de lição ficarão guardados aqui, nos meus cacos, ou no meu coração. Ainda lhe amo muito, Mestre...</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#663333;">Adeus, meu Mestre.</span></div><br /><div align="right"><span style="color:#663333;">Da sua eterna discípula.</span></div><br /><div align="right"><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div align="justify"><em><span style="color:#000000;">P.S: Para o meu Mestre.</span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="color:#663333;"></span></em></div><br /><div align="left"><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div><br /><div align="left"><span style="color:#993399;"></span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-48137334485350184302010-09-13T18:37:00.000-07:002010-09-13T19:09:39.095-07:00Meu desejo: Sociedade Revolucionária<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikT_IJbqpLP-aZEL735sPx7HQdDNps4eLbOTqMfmPVtXFN_hXRYTwq_cTmjAKfVy_BEH1UefSag4U6wtvkWzOwnU5okZ7W_Jfs4n0BS9r486SFdwM5Q_Y0XDN0H1aGU4qoqcbl6hddtj_r/s1600/MULHER~1.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 254px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516585435806949842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikT_IJbqpLP-aZEL735sPx7HQdDNps4eLbOTqMfmPVtXFN_hXRYTwq_cTmjAKfVy_BEH1UefSag4U6wtvkWzOwnU5okZ7W_Jfs4n0BS9r486SFdwM5Q_Y0XDN0H1aGU4qoqcbl6hddtj_r/s320/MULHER~1.JPG" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;">Toda criança tem um sonho. E todo adulto também, bem como os adolescentes. Meu sonho, quando era criança, era ser várias coisas ao mesmo tempo. Queria ser médica, veterinária, dentista, atriz... E várias outras profissões. Não me lembro se tinha algum objetivo por trás de querer ser tanto de uma vez só, mas acho que era só loucura de criança mesmo.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;">Porém, hoje, aos meus quase 16 anos, enxergo que o meu sonho era está nas passeatas da Ditadura Militar, ou talvez ser a Princesa Isabel para assinar a abolição da escravatura no Brasil. Talvez, no meio da multidão das passeatas, eu sentisse a vibração de cada ser humano que ali presenciava, sentiria vibrações de seres revolucionários. E me alegraria. E sorriria. E me sentiria em paz.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;">Meu espírito é revoltado, meu cérebro é inconformado com o comum e o incomum dos dias de hoje é tão comum que não cabe nas minhas ideias. Eu abuso fácil, vou atrás com determinação daquilo que quero, procuro impor e expor o que eu penso, birro e bato o pé quando discordam ou revertem os meus valores e quero continuar assim, mesmo que tenha que continuar nadando contra um mar de pessoas perdidas e sem rumo que se deixam levar por modinhas. Porque para mim, o que realmente importa, é saber, acima de tudo, ainda criar e ter ideias.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;">Eu quero continuar pensando. Eu quero continuar sendo criativa e salvando o meu dia pensando loucuras e discutindo ideias por aí. E eu adoro o meu jeito de ser assim. Não vou deixar que uma sociedade de hipócritas e de zumbis venha tentar me corromper, me desviar daquilo que eu realmente sou e prender minha alma a um pensamento que vai contra minha ética, meus princípios morais e minha filosofia de vida.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#330033;">Esse era o meu sonho. Uma sociedade que vibrasse revolução junto comigo. Mas meu sonho, como os sonhos de várias crianças, são ofuscados e destruídos por aqueles que apagam o meu brilho. E agora só me resta ser revolucionária sozinha...</span></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-84114254181387913602010-08-29T15:35:00.000-07:002010-08-29T16:05:54.972-07:00Vitrines de Carol<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQiE35uO5Nt5Kpn5oT17jzSVZjPYN6hTUHQ0d0pGBAA0c05fPRwfv1oStjrbsC5xPL55vjjU_3yv0WQDkHSWvbhGnnVamy-x7c9ShMFOq3na85ZnsX07IgKgYAbcXPcekeSVK9HHCHngF/s1600/espelho_partido.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510971197648900898" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeQiE35uO5Nt5Kpn5oT17jzSVZjPYN6hTUHQ0d0pGBAA0c05fPRwfv1oStjrbsC5xPL55vjjU_3yv0WQDkHSWvbhGnnVamy-x7c9ShMFOq3na85ZnsX07IgKgYAbcXPcekeSVK9HHCHngF/s320/espelho_partido.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;">"Cansei do meu ser mais uma vez! Cansei de tudo e de todos! Os sentimentos não são o que há de melhor em mim, são o que há de pior! São horríveis! Odeio este meu coração que carrego, este meu coração que nunca escolhe por quem se apaixonar, este ser que levo dentro de mim e que tanto odeio! </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;">Eu quero apenas chorar toda a minha mágoa, quero sair depois e beber tudo que ver pela frente, quero sair carregada nos braços de alguém que me aguente, e que depois me escute e entenda todos os meu lamentos! Odeio o amor, odeio sentir o amor, nunca mais vou amar alguém!"</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;"></span></div>-<br /><div align="justify"><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#000066;">E seus pensamentos tristonhos lhe tomaram até poucos minutos antes do clarear, quando finalmente conseguiu dormir, depois de jorrar todas as suas lágrimas de um amor que virou ódio. Mais uma vitrine foi quebrada.</span></div><br /><div><span style="color:#000066;"></span></div>-<br /><div><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div><span style="color:#000066;">Carol,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">minha pequena, minha menina,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">esqueça das suas dores,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">esqueça dos seus amores </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e venha curtir a vida. </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Venha quebrar mais vitrines, </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">venha confirmar as verdades que todos lhe dizem, </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">venha provar a si mesma o quanto há dentro de você de fortaleza. </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Venha Carol, venha mostrar seu poder e sua força de querer.</span></div><br /><br /><br /><div><span style="color:#000066;">Carol, minha criança, </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">não cegue seus olhos pelo o seu ser. </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Ainda há muito de melhor em você,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">ainda há muito à desvendar.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Tire suas vendas Carol!</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Olhe! Olhe para o sol,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">aquele sol do final da tarde</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">é o mesmo sol do início do dia.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Entenda, pequena Carolina,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">as pessoas nunca vão lhe compreender</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">nem lhe entender por inteiro.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Não há nada tão perfeito</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">que possa ser dito e feito</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">de acordo com nossas vontades e desejos.</span></div><br /><div><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div><span style="color:#000066;">Carolina, olhe para as rosas</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">elas tem várias cores.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Elas também tem vários espinhos.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Observe que por trás da sua beleza há também o disfarce da maldade.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Note, Carol, que todos somos assim,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">como rosas.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Carol, pequena, serena,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">conforme-se com a realidade,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">não voe tanto pelas nuvens.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Entenda, Carol, que você é diferente</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">você voou muito longe da gente</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e retornar para este estado decadente</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">dói muito.</span></div><br /><br /><br /><div><span style="color:#000066;">Carolina, quebre mais vitrines</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">mas não se parta, não se destrua.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Simplesmente aprenda com a ruptura</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e entenda os sentimentos inversos aos seus.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Compreenda, anjo luminoso,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">que seu coração ainda é jovem e carinhoso</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e precisa de muita atenção.</span></div><br /><div><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div><span style="color:#000066;">Carolina, pequena, meiga</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">quebre as vitrines </span><br /></div><div><span style="color:#000066;">que discordam do que há nas suas veias</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e entenda seus defeitos.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Abra seus olhos e olhe o espelho que te reflete</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">ele é você Carol,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">você invertida.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Olhe bem para ele</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e tire do seu inverso</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">aquilo que pode ser melhor.</span></div><br /><div><span style="color:#000066;"></span></div><br /><div><span style="color:#000066;">Carolina, troque estes cacos</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">que estão dentro de você</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">por uma vitrine metafísica,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">onde você possa sair dessa cavernas de sombras</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e correr livremente em direção à sua realidade.</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">Carolina, por favor,</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">tire este espelho</span><br /></div><div><span style="color:#000066;">e troque pela sua vitrine.</span></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><em>Para Carol Oliveira, a minha acerolinha, a menina das vitrines, a mestra.</em> ;)</span></div><br /><div><span style="color:#993399;"></span></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-17752175335872228172010-08-28T18:41:00.000-07:002010-08-29T15:34:49.104-07:00Revolucionária<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizI8dMntDTx1mLx0ztLXhK6u9eY4uY68rVaq4LwBgnpfbRwLrF5GbqzVzVqQHLO24jTJ0X8ocrYZ4Q69XIdYDM-QSu24jGnoPrVSJyRHtinqwN4JFouDt9aPX5L2BePu4RNxSnpj0PoE3y/s1600/menina_careta.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510961775425464546" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizI8dMntDTx1mLx0ztLXhK6u9eY4uY68rVaq4LwBgnpfbRwLrF5GbqzVzVqQHLO24jTJ0X8ocrYZ4Q69XIdYDM-QSu24jGnoPrVSJyRHtinqwN4JFouDt9aPX5L2BePu4RNxSnpj0PoE3y/s320/menina_careta.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">Ela não é apenas uma qualquer que caminha por aí querendo fazer a diferença. Ela simplesmente é aquela que FAZ a diferença. E sabe muito bem disso. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">Na sua cabeça, tudo tem que ser certo e radical. Não radical no sentido de mudar bruscamente, mas no sentido de melhorar rapidamente. Na sua cabeça, as pessoas tem que votar em candidatos que elas confiem e achem corretos, não em candidatos que lhes favoreçam; na sua cabeça, homens gostam de mulheres difíceis, não daquelas que ficam nas esquinas rodando a bolsinha; na sua cabeça, passar no vestibular é tudo o que lhe resta; na sua cabeça, brigar com alguém da família e ficar de mal é errado e pode se tornar um erro mais grave.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">Ela é ainda a criança meiga que sempre existiu ali, que ainda acredita no melhor do ser humano, que ainda acredita na capacidade de mudar do mundo, que ainda acredita no lado bom das pessoas, que ainda acredita na não-corrupção, que ainda acredita no potencial que toda mulher tem para ser mãe, que ainda acredita que seu jeito de bater o pé e discordar daquilo que não lhe convence vai fazer com que todos ao seu redor escutem as suas ideias e vejam o mundo como ela.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">Ela já é a mulher brilhante que vejo no futuro. A mulher que vai lutar por aquilo que quer, que vai fazer a diferença em todos os setores da sua vida, que vai ser uma boa mãe - e um bom pai - se for necessário, que vai falar o que pensa, que vai opinar, que vai discutir e que vai revolucionar. Porque assim é sua personalidade. <strong>Revolucionária</strong>.</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">Apenas uma mulher que quer ser notada pelo o que é, pelo o que pensa e, acima de tudo, pelo o que sente. Porque sua cabeça é o que ela fala, e suas atitudes é o que o seu coração segue. Suas brincadeiras tentam esconder e ao mesmo tempo revelar o quanto o seu ser é humado e puro. O seu ser faz a diferença, é a diferença. O seu ser é revolucionário.</span></div><div align="justify"><span style="color:#003300;"></span> </div><br /><br /><br /><p><span style="color:#993399;"><em>Para Gabriela de Almeida Furtado, a amiga revolucionária que salva o meu cotidiano com os nossos papos cabeça e as suas revoltas</em></span> <span style="color:#993399;">xD~</span><br /></p><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-38325070125172026502010-08-22T15:47:00.000-07:002010-08-22T15:51:40.071-07:00Irmão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw3WmlROO95GJQBrMmmyt35aAOXVdwRRrZEL7YfXdOYUrZL3O4xcLUrqHKYIUsTMbJZ9VxRFnc7xw8GrVUdlRwYt1dqWMs74fDHPfEgBEOVCw7Gu3Ui4_Ld_Piv-RtM9UBCjjoYRK-4Vz6/s1600/OgAAAPOaHmEcac9lofd96ZIkajHBdk468GvRcKiAuiMDTqh6hAkijxeh53YRcMmIQ5_4WG7HoVz7TEF2JStYOLwJlTMAm1T1UO_-Mn5RzS_yVj5itGkfNma4Q_y0.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 288px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5508370487858659298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw3WmlROO95GJQBrMmmyt35aAOXVdwRRrZEL7YfXdOYUrZL3O4xcLUrqHKYIUsTMbJZ9VxRFnc7xw8GrVUdlRwYt1dqWMs74fDHPfEgBEOVCw7Gu3Ui4_Ld_Piv-RtM9UBCjjoYRK-4Vz6/s320/OgAAAPOaHmEcac9lofd96ZIkajHBdk468GvRcKiAuiMDTqh6hAkijxeh53YRcMmIQ5_4WG7HoVz7TEF2JStYOLwJlTMAm1T1UO_-Mn5RzS_yVj5itGkfNma4Q_y0.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Me vejo, continuamente, pegando o celular e mandando mensagens para o dito cujo. Ou simplesmente correndo pro Msn e rezando para que o computador ligue rápido.<br /><br />Eu tenho necessidade de contar para ele o que aconteceu comigo durante o dia. Necessidade. Necessito também ouvir as palavras de conforto dele, ouvir as loucuras dele e rir. É tão bom quando ele me faz rir...!<br /><br />Eu me sinto mal quando não posso falar algum segredo para ele. Me sinto péssima em passar um simples dia sem ele. E adoro quando todo o meu tempo é dedicado apenas para contar minhas história diárias à ele.<br /><br />Se eu o amo? Sim, amo muito o meu irmão.<br /></span><br /><em>Para o Danilo, ossinho, Dandanzinho mais amado do mundo ;**</em><br /><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-18223309090526721792010-08-22T15:24:00.000-07:002010-08-22T15:41:07.389-07:00Amigos?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVa82SPywQbwceIdLlCj1JDxaWHcxYEhWJCz_i8WZg2OZzLW0iP3bza-um9G1zBtCE9hwXWGTp8KkFrvPS862BWn99Dzz_alfgQMzdQVFPfm11AUWka8_RdlHG-EqWTkoLNwDUO-09D77A/s1600/194-cp-casal-sorrindo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 210px; DISPLAY: block; HEIGHT: 290px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5508367399353269842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVa82SPywQbwceIdLlCj1JDxaWHcxYEhWJCz_i8WZg2OZzLW0iP3bza-um9G1zBtCE9hwXWGTp8KkFrvPS862BWn99Dzz_alfgQMzdQVFPfm11AUWka8_RdlHG-EqWTkoLNwDUO-09D77A/s320/194-cp-casal-sorrindo.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#003300;">E finalmente agora, depois de tanto tempo, eu consigo olhar para trás sem fechar os olhos ao nosso passado. Eu consigo pensar em você sem sentir o vazio subindo e me tomando por dentro. Eu consigo entender os tantos por quês que tinham na minha cabeça e que agora não fazem mais sentido. Agora, finalmente compreendo.<br /><br />Quando tudo acaba, e o fim nos incomoda, temos a mania de discordar de que o final pode ser bom, pode ser um novo começo, pode ser uma nova oportunidade, pode ser uma nova aventura, pode ser um novo horizonte. Afogamos essas ideias e ressaltamos aquelas que mais doem. Não deveria ser assim.<br /><br />À mim, não resta mais nada além de um recomeço da nossa amizade. Basta você querer também e eu serei sua amiga. Porque agora entendo o quanto o fim é bom. O fim... É maravilhoso!<br /></span><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-42691047340217323312010-08-17T19:15:00.000-07:002010-08-18T05:44:29.801-07:0045%<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_AGKIN0DXZofYc45MQsqQUJBm9ykdWBc3_9aMtUKEx6rG9t4wkfTFcSwPuHP5zoUaYtXJU8LqUwPa2etff7rpt_NHDjKWI5ZKW8fvZcRc47_MeIgqy2TYtLAjcWbxHtWTVHNoggH4fYP1/s1600/livros.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 266px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5506727308251231746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_AGKIN0DXZofYc45MQsqQUJBm9ykdWBc3_9aMtUKEx6rG9t4wkfTFcSwPuHP5zoUaYtXJU8LqUwPa2etff7rpt_NHDjKWI5ZKW8fvZcRc47_MeIgqy2TYtLAjcWbxHtWTVHNoggH4fYP1/s320/livros.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Eu não vi, mas ouvi meu professor de literatura, Alex Romero, lendo um jornal em sala de aula, um jornal que não passou pelas minhas mãos. Não quero sujar minhas mãos com esse número tão vergonhoso e tão crítico. Ele leu em alto e bom tom para os quase 30 alunos da sala ouvirem perfeitamente, que 45% DOS JOVENS BRASILEIROS NÃO LEEM <em>SEQUER</em> UM LIVRO POR ANO. A essa naçãozinha de nacionalistas hipócritas, que há poucos dias estava gritando que amava o seu país, que dava tudo para o seu país na copa, não demonstrou nenhum tipo de revolta com relação a esse número. Claro que o fato de termos sido o oitavo melhor país do mundo em futebol revoltou a todos, mas 45% dos jovens brasileiros sem ler um livro é normal. Virou normalidade.</span></div><div align="justify"><span style="color:#660000;"><br />Já tinha visto casos um tanto absurdos na minha vida. Mas nunca tinha visto um caso tão absurdo como este, da pessoa se matar por dentro, se deteriorar, se destruir aos poucos. Sim, se destruir. Afinal de contas, para quê uma pessoa sem leitura serve no mercado de trabalho? Qual o impacto que uma pessoa sem leitura causa nos outros? Qual a função de um ser que lê pouco e não construiu caráter, habilidade, compreensão e, principalmente, inteligência? Claro que são casos absurdos o de matar a própria filha (Nardoni), o de matar a namorada para não pagar pensão (goleiro Bruno), o de matar a filha da mulher a não sei quantas facadas e estuprá-la (caso aqui de Teresina)... São todos casos absurdos. Mas nunca tinha visto toda uma nação se destruir conjuntamente e se deixar levar pela burrice como a nossa. </span></div><span style="color:#660000;"><div align="justify"><br />O que nós brasileiros estamos pensando disso? Estamos esperando que o nosso candidato não nos enrole? Não seja corrupto? Não roube, não engane, não cometa crimes? Para mim um canditado analfabeto, corrupto e criminoso seria o melhor representante do nosso país. Nós nos corrompemos de cedo, na hora da pesca da prova, o que futuramente nos levará a um desinteresse pelo estudo e ao pré-vestibular, e depois a uma faculdade particular. "Dinheiro compra tudo". </div><div align="justify"><br />Precisamos parar de ser esse povo medíocre que se conforma com o mínimo. Nós podemos mais. Muito mais. Nossa lábia de sem vergonha poderia servir não para abandonar os livros, mas para abraçá-los e conseguirmos ganhar a vida com discursos magníficos, não roubando qualquer coisa por aí. Eu acredito que poderíamos ser mais. Ainda acredito que um dia formaremos uma nação de seres mais humanos, de seres mais puros, de seres mais exemplares para os outros países. Na situação que estamos, somos um exemplo do que um caráter tão vagabundo trás ao nosso país.</div><div align="justify"><br />Por que amamos tanto a nossa pátria na hora do futebol, na hora das olimpíadas, mas a ignoramos tanto na hora de ler e de escrever? Por que não usamos nossa lógica de que tudo é simples para estudar, para aprender, e não para roubar, matar, furar fila e desviar verbas? Por que nos conformamos tanto com o médio e não pensamos mais na nossa capacidade de ir além? </div><div align="justify"><br />Sei que Machado de Assis não é tão fácil de interpretar, mas se valorizamos tanto a nossa pátria, por que não valorizamos o que é nosso? Por que nossos olhos não brilham mais ao lermos Carlos Drummond de Andrade? Por que não admiramos mais o Fernando Sabino? Por que as crianças não leem mais Manuel Bandeira e Monteiro Lobato? Por que não paramos mais para observar nosso cotidiano com as crônicas de Arnaldo Jabour e Luís Fernando Veríssimo? Por que gritamos para as telas de Crepúsculo e não gritamos para o melhor filme brasileiro, O Auto da Compadecida? </div><div align="justify"><br />De tudo, o que fica mais claro é a mensagem do meu professor ao final da leitura: "O livro não sai perdendo nada com isso".</span></div><br /><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-34063009123250732912010-08-14T21:28:00.000-07:002010-08-18T05:25:17.222-07:00Ainda não passou<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcwaoJFxHo1DYZR96K5NGKM7KM0Tlf4ham9qtf_rTcVgcC463Kf45tm4ZTtmUx2f6zmiim6oPtfRo0orm0132d3Muprc6FwJFMizF_fg_vSclLXoFX79Dz-TQpJ7Gvarl7amkUnPBvZTBZ/s1600/mulher-triste_jpg.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 254px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505494693907667090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcwaoJFxHo1DYZR96K5NGKM7KM0Tlf4ham9qtf_rTcVgcC463Kf45tm4ZTtmUx2f6zmiim6oPtfRo0orm0132d3Muprc6FwJFMizF_fg_vSclLXoFX79Dz-TQpJ7Gvarl7amkUnPBvZTBZ/s320/mulher-triste_jpg.png" /></a><br /><div align="justify">Passa o tempo, passa o ano, passa o mês. Passa a hora, o minuto e o segundo. Tudo quanto era de tempo passou. E eu me iludi com a ideia errônea de que o tempo tudo cura, tudo passa. Mas você não passou para mim.</div><br /><div align="justify">Você continua sendo quem eu penso quando abro os olhos. Continua sendo quem eu penso quando olho fixamente para o telefone. Continua sendo quem eu penso quando estou feliz e quero alguém para dividir minha alegria. Continua sendo simplesmente quem eu penso. E eu iludo meus sentimentos achando que você me esqueceu, que você me deixou, que você já não existe mais para mim. Mas eu não te esqueci, não te deixei. </div><br /><div align="justify">Eu apaguei as fotos, apaguei os textos, enterrei todas as lembranças concretas do que ocorreu, mas não apago as abstratas. Elas me acompanham naquela minha pausa para tomar um café no trabalho, ou quando estou debaixo do chuveiro lavando meu rosto. </div><br /><div align="justify">Aquelas rosas murcharam. Estão ali no canto. Minhas unhas estão por fazer. Meu cabelo está natural. Minha maquiagem está na gaveta lateral do armário, talvez com alguma poeira. Meus saltos eu doei para alguém que estivesse com algum motivo maior que o meu para usá-los. </div><br /><div align="justify">E mesmo que todo final da tarde de um domingo me preencha com a vontade de invadir a tua casa e deixá-la em cinzas, meu outro lado tem vontade de te encontrar numa segunda-feira na beira da praia, após o trabalho, para passearmos abraçados por aí apenas rindo do quanto é bom amar.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">É difícil admitir o quanto acabou. E ainda vejo lembranças todos os dias, ainda tenho notícias suas e o meu vínculo indireto com você está longe de ser desfeito. Muito longe.</div><br /><div></div><br /><div><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8876259251621906788.post-68342319686012455402010-08-01T18:27:00.000-07:002010-08-02T17:32:03.137-07:00Anúncios<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTnZRhgtst306weq5sPw4zbMb0MCQE4n5al9nOHmz8Q4h9KifhdAPhyphenhyphenf9_luZNaUezPN7Aksz1j59nBH5Q-ilu4_7du8CbGlPmMJzko-UgAjvs-ibn-ntMCu2rTyyNgMMtdgVVKfql2jb-/s1600/eupodiatamatando_bebe_cheio_de_anuncios1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500974668188895458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTnZRhgtst306weq5sPw4zbMb0MCQE4n5al9nOHmz8Q4h9KifhdAPhyphenhyphenf9_luZNaUezPN7Aksz1j59nBH5Q-ilu4_7du8CbGlPmMJzko-UgAjvs-ibn-ntMCu2rTyyNgMMtdgVVKfql2jb-/s320/eupodiatamatando_bebe_cheio_de_anuncios1.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#660000;">Primeiro anúncio: </span><br /><span style="color:#660000;">Saiu de moda. Porque todo mundo já sabe. O povo gosta é da desgraça nova, não da velha. Mas não custa nada relembrar dele. O famoso aquecimento global. O mundo tá se acabando porque não nos contentamos em destruir apenas o que tá no chão e passamos a destruir também a camada de ozônio. E a sua destruição facilita a entrada de raios solares, porém estes ficam bloqueados para sair da Terra, aquecendo-a mais do que o necessário. O mundo tá derretendo. Mas isso não importa. O que importa é usar bolsas da DolceGabanna, óculos escuros da Calvin Klein e roupas da Prada. </span><br /><span style="color:#660000;">Segundo anúncio:</span><br /><span style="color:#660000;">Diz respeito ao Brasil. Mas acho que os brasileiros ainda não se tocaram. Uma das maiores fontes de cura do planeta tem sido destruída por norte americanos, não pelos próprios donos. Ela serve para produção de remédios que ainda serão testados nas pessoas, que são rebolados por aqui mesmo, pelo Brasil. É um patrimônio nosso, mas ninguém se importa. Afinal, que coisa mais brega essa, de valorizar o que tem... Bom é o que é dos outros.</span><br /><span style="color:#660000;">Terceiro anúncio: </span><br /><span style="color:#660000;">Poluição. De todos os tipos. Causa danos à saúde. Mas pra quê saúde, se tudo se compra? O dinheiro compra tudo, o dinheiro é sinônimo de felicidade e quem tem dinheiro tem tudo. A poluição é apenas um problema de quinta que incomoda aqueles alagados, quando tem enchentes, que incomoda quem mora perto dela e que incomoda aquelas pessoas que não tem sons no seu carro. Quase ninguém, no final das contas.</span><br /><span style="color:#660000;">Quarto anúnio:</span><br /><span style="color:#660000;">Preconceito. Fora de moda? Claro que tá! Afinal ninguém mais chama ninguém de negro, fizeram até umas cotas pros coitadinhos, assim como também fizeram umas cotinhas para esse povinho das escolas públicas, porque afinal de contas, melhorar o ensino é algo impossível. Tudo se paga. E ensino bom é aquele que é pago.</span><br /><span style="color:#660000;">Quinto anúncio:</span><br /><span style="color:#660000;">Todo mundo precisa se globalizar hoje, afinal de contas, a internet tá aí pra isso. Pra você saber que dia vai ser o show do Restart, que dia vai ter aquela balada lá na boate, que dia vai começar o BBB. Essas notícias de política são muito caretas e entediantes, pra quê saber disso?</span><br /><span style="color:#660000;">Sexto anúncio:</span><br /><span style="color:#660000;">Bom mesmo é sair pras festas e pegar todos. Sentimentos são coisas velhas, ninguém mais precisa disso não! O negócio agora é só de ficar, ficar e ficar. Apenas beijar na boca de um qualquerzinho aí que seja bonito, não precisa saber o nome não, e pronto. Realizar-se fisicamente. Porque, afinal de contas, sentimento é uma coisa de moda antiga. O que importa é o dinheiro. Por dinheiro, eu vendo até minha mãe na feira.</span><br /><span style="color:#660000;">Sétimo anúncio:</span><br /><span style="color:#660000;">Revolta? Corre que deu a louca! Quem é que vai fazer revolta, minha gente? Todo mundo se conforma com o que tem que tá muito melhor, afinal, a paz é sempre melhor. Pra quê reclamar de impostos, de filas grandes, de injustiças? Deixa que as autoridades resolvem.</span><br /><span style="color:#660000;"></span><br /><span style="color:#660000;">Meu comentário:</span><br /><span style="color:#660000;">Quer saber? Vou esperar por 2012 mesmo, vou ficar calada. Não entendo a decadência do ponto ao qual chegamos. Talvez a realidade cause tanta dor que cegamos os nossos olhos de propósito e fingimos que ela não existe. Mas o ser humano anda muito desumano. Chegamos ao ponto de sermos governados pelo dinheiro, abdicarmos dos nossos sentimentos e acima de tudo perder a liberdade de expressão.</span><br /><span style="color:#660000;">Parabéns para nós, humanos. Conseguimos nossa maior proeza. Destruímos a nossa vida, o mundo e a nossa capacidade de pensar.</span><br /><br /><span style="color:#993399;"><strong>M</strong>arina<strong>V</strong>.</span></div>Marina Chaib Vilhenahttp://www.blogger.com/profile/04853446041434429979noreply@blogger.com0