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domingo, 23 de maio de 2010

Soneto da União


De repente do pranto fez-se o riso
Amigável e alegre da ternura
E das bocas desunidas fez-se a loucura
E das mãos soltas a união de sorriso.

De repente do solto fez-se unido
Que dos olhos fez o brilho
E do pressentimento fez-se o mudo
E do imóvel movimento fez-se o trilho

De repente não mais que de repente
Fez-se do amigo o amante
E da junção a alegria da gente

Fez-se do simples amigo o contente
Fez-se da vida uma aventura triunfante
De repente não mais que de repente.


Nota: sou muito revoltada com esses poemas da vida. Sempre falam do amor, principalmente das desilusões, e esquecem de falar da parte boa, como o começo. Como eu gosto muito do Soneto da Separação, que também mostra o lado triste do amor, resolvi fazer esse. Não ficou decassílabo, com rimas bonitinhas, mas é soneto ;D


MarinaV.

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